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Obra 7

Prevenção e controle de fissuras: o que a teoria não conta

Vibrações, cargas pesadas, variações de temperatura. Diversos fatores influenciam na degradação de uma estrutura, em conjunto com o surgimento de uma variedade de efeitos colaterais. A manutenção, nesse sentido, torna-se um processo inevitável. Trata-se da constante fiscalização, em busca de garantir a integridade do edifício, enquanto distingue de problemas meramente estéticos e superficiais.

Pensando nisso, o presente artigo tem como objetivo mapear as causas do surgimento de fissuras, distinguir entre as possíveis prevenções e definir sobre as correções mais adequadas específicas para cada caso, a partir de uma equipe com mais de 23 anos de experiência no setor.

Como as fissuras podem surgir?

Conforme havia sido mencionado nos parágrafos anteriores, diversos fatores motivam o surgimento de rachaduras.
– Fissuras de retração: Consiste em rachaduras (profundas ou superficiais) causadas pela perda de água em excesso durante a cura do concreto. Entre as principais causas estão: baixa umidade do ar; alta temperatura; pequena espessura e ausência de cobertura adequada de água.
– Fissuras estruturais: Devido à movimentação da estrutura, como cargas excessivas ou desgaste natural do material com prejuízo em suas propriedades. Essas fissuras podem apresentar riscos à segurança e estabilidade da edificação e, por isso, requer reparos mais extensos.
– Fissuras térmicas: Surgem devido às variações de temperatura no material, levando à sua expansão e contração. Geralmente, são superficiais, facilmente tratáveis e podem ser prevenidas.
– Fissuras por corrosão: Ocorrem a partir da corrosão da armadura, com formação de óxido de ferro e expansão do material no interior da pasta. Mesmo com a passivação da armadura, a carbonatação, ataque por cloretos e falta de cobrimento adequado podem quebrar esse equilíbrio.

Existe alguma forma de evitar?

Antes de tudo, vale enfatizar: engenharia é uma matemática de estatísticas, portanto, nossa única convicção está na improbabilidade de determinados eventos, e não em sua inexistência. Tendo isso em mente, as metodologias apresentadas para evitar e corrigir o surgimento de fissuras não são uma metodologia precisa, mas, sim, as práticas que se provaram mais eficazes.

Nesse cenário, as técnicas mais efetivas voltam-se a premissas básicas na construção, e que não foram adequadamente estudadas durante o percurso da obra. Entre elas, o tamanho e distanciamento das juntas de dilatação (em geral, a cada 3 m), ancoragem com perfis metálicos para estruturas independentes, união entre materiais diferentes (alvenaria e concreto, por exemplo) e o cuidado no fator água/cimento em concretos e argamassas.

Como definir o melhor tratamento?

A fim de definir a melhor alternativa, torna-se necessário discriminar entre os principais materiais e suas propriedades, aplicabilidades e limitações.

Adesivos de Epóxi:

Apesar de ser uma prática mais conhecida por seu acabamento liso em pisos industriais, a resina pode ser empregada em fissuras de 1 a 4 mm. Essa técnica é muito eficiente no tratamento de fissuras estruturais, graças à sua alta aderência ao concreto, capacidade de preencher as fissuras por completo e elevada resistência mecânica. Além disso, é capaz de atingir resistência de 80 MPa em até 24 horas.

Gel de Metacrilato:

Essa técnica é mais eficiente em fissuras mais finas, devido à sua baixa viscosidade e capacidade de se infiltrar em poros de até 0,01 mm. Soma-se isso a sua facilidade de aplicação com aspecto semelhante a da água e endurecimento em poucos minutos. Ainda, o material pode atingir resistências de até 105 MPa, sendo, portanto, outra alternativa para utilização em fissuras estruturais.

Espuma de Poliuretano (PU):

Devido a economia e aplicabilidade em fissuras térmicas, a espuma expansiva de poliuretano é, definitivamente, uma das técnicas mais empregadas na construção civil. Apesar de não possuir resistência mecânica adequada, possui um comportamento elástico capaz de tolerar grandes deformações e ótima aderência ao concreto. Além da empregabilidade em juntas de dilatação, também pode ser utilizada para prevenir infiltrações.

Silicone Líquido:

Apesar de ser mais reconhecido pela sua aplicação em esquadrias, silicone pode ser utilizado como impermeabilizante. Consiste na aspersão de um composto polimérico, a fim de preencher micro-fissuras e evitar a capilaridade da água. Essa solução pode ser empregada, por exemplo, para prevenir a presença de mofo em paredes próximas a banheiros ou cozinhas.

Surgiram as fissuras. E agora?

A equipe da Obra 7 oferece, de cortesia e sem compromisso, um estudo para avaliar as origens e possíveis causas do surgimento de patologias, com base nos 23 anos de experiência no setor. Nesse sentido, vale reforçar que essa análise possui um caráter sugestivo, visto que a diversidade de fatores inviabiliza uma conclusão única. Trata-se de um incentivo para reforçar o modelo de parceria e assessoria construtiva, que a construtora desenvolve ano após ano.