A pandemia ensinou o custo da alta dependência do aço na construção. Com uma alta acima de quase 100% em um ano (ABCIC, 2020), a inflação da comodditie demonstrou a necessidade de explorar alternativas ao vergalhão no concreto armado tradicional. Nesse cenário, com a chegada da NBR 17201:2025 e 17196: 2025, o PRFV (Plástico Reforçado com Fibra de Vidro) se consolida como uma das principais possibilidades.
Por isso, esse artigo não apenas apresenta as principais vantagens e desvantagens do material em relação ao aço, mas também o que mudou com a conclusão dessas normativas e quando pode ser considerado a sua utilização em diversos aspectos.

🔎 Resumo das Normativas
NBR 17196:2025 – Projeto de Estruturas de Concreto Armado com Barras de Fibra de Vidro (GFRP):
Esta norma estabelece os critérios para dimensionamento e detalhamento de estruturas de concreto armado utilizando barras de GFRP como armadura passiva. Define parâmetros como: Resistência à tração mínima das barras, módulo de elasticidade; fatores de segurança específicos para GFRP e diversos outros.
Já a NBR 17201:2025 estabelece os requisitos e métodos de ensaios para garantir a qualidade e confiabilidade das barras. Ela define padrões específicos para testes como resistência ao cisalhamento, tração e aderência ao concreto, promovendo a confiabilidade técnica e a sustentabilidade na utilização de materiais leves e duráveis.
🧱 O que muda com as normativas
Com a chegada dessas normas, abre caminho para a utilização de forma mais confiável, tanto do ponto de vista técnicao quanto do jurídico. Como ainda é nova a aplicação desse material em edificações, mesmo já tendo sido amplamente utilizado em obras de saneamento, ainda é indicado a contratação de profissional mais experiente para fiscalizar a elaboração dos projetos.

🚧 Vantagens e dificuldades da aplicação
• Alta resistência longitudinal: a fibra de vidro trabalha com resistências entre 800 e 1200 MPa (entre 60% e 140% superior ao aço CA50);
• Resistência a corrosão: um dos principais benefícios na aplicação do material é a longevidade em ambientes de alta agressividade ambiental, possuem maior estabilidade que o aço em regiões litorâneas.
• Baixa densidade: a densidade do material varia entre 4 a 5 vezes menor que o aço, sendo uma alternativa para reduzir os custos com a fundação.
Já algumas questões dificultam sua aplicação, principalmente associados a ruptura frágil. Ao contrário do método tradicional, em que está sujeito a grandes deformações do aço antes da ruptura (domínio 2 ou 3), a ruptura com fibra de vidro é súbita e, portanto, exige um maior fator de segurança, que prejudica seu dimensionamento e competitividade.
Ainda, possuem baixo módulo de elasticidade e são suscetíveis a danos por raio UV (estudos mostram que a partir de 3 meses de exposição), umidade e ambiente alcalino (interior do concreto).
🤔 Quando recomendamos a aplicação?
A Obra 7 Engenharia acompanha de perto essas evoluções normativas e tecnológicas, por isso, estava presente na Construsul e teve uma conversa próxima com os entusiastas desse material. Com uma diferença de preço ainda varia entre 6 a 8% a menos que o método tradicional, entendemos que a fibra de vidro se posiciona como alternativa em ambientes com alta agressividade ambiental (promovendo maior longevidade) e em projetos com um objetivo sustentável.
Se quiser entender se pode ser aplicado no seu projeto, basta entrar em contato com nossa equipe e receber uma assessoria gratuita sobre o melhor método construtivo para sua contrução 😉