Atendimento de prazo é um dos pilares para o sucesso de qualquer projeto. Todavia, o atraso pode ter muitos significados. Para uma indústria, é sinônimo de uma menor produção por um tempo mais estendido. Para uma casa, significa mais tempo em uma moradia provisória e, muitas vezes, precária. Mas para uma incorporadora, a falta de planejamento pode resultar em problemas jurídicos críticos e, inclusive, um prejuízo da edificação.
Por isso, o objetivo desse artigo é apresentar como funciona o planejamento de obras verticais de grandes construtoras por meio do sistema da linha de balanço (LOB) e quais aprendizados podem ser extraídos para o seu projeto.

O que difere em obras verticais?
Enquanto obras horizontais ou projetos de pequeno porte (como casas) tendem a ser mais flexíveis em seu cronograma, prédios demandam um controle mais específico. A execução de pavimentos repetitivos exige uma lógica sequencial e uma gestão precisa de equipes e materiais. Além disso, a interdependência entre etapas — como a conclusão de um andar para início do próximo — torna a sincronização ainda mais crítica.
A fim de promover uma maior compatibilidade entre os diversos escopos dentro da obra, e reduzir a ociosidade de empreiteiros, torna-se necessário a análise de um novo critério: o ritmo de cada atividade.
Como funciona a linha de balanço (LOB)?
A Linha de Balanço é uma técnica visual de planejamento e controle que foca na repetição de atividades ao longo dos pavimentos. Imagine a execução de alvenaria: em vez de planejar cada parede isoladamente, o LOB organiza a atividade como uma linha contínua de trabalho entre andares, controlando o ritmo de produção.
No gráfico de Linha de Balanço, o eixo horizontal representa o tempo, enquanto o eixo vertical mostra a sequência dos pavimentos. Cada linha indica uma atividade e sua progressão ao longo dos andares. Isso permite identificar, rapidamente, gargalos, conflitos entre equipes e possíveis atrasos.
A aplicação ideal do sistema é em projetos com alto grau de repetição, como edifícios residenciais, hotéis e hospitais — cenários nos quais manter a cadência de produção é fundamental.

Quais aprendizados podem ser obtidos?
Com a análise da diferença de ritmo entre os diversos escopos, a obra é programada não segundo a disponibilidade de execução, mas no tempo ideal de entrada para evitar interferências e excesso de equipes dentro de obra. Com isso, promove maior eficiência na edificação e uma relação mais sustentável com seus empreiteiros, haja vista que reduz a ociosidade da equipe e mantém o prazo final de entrega.
Em qualquer novo empreendimento, a Obra 7 Engenharia não só encaminha um cronograma antes da etapa de negociação da obra, como também se compromete com esse prazo de forma contratual. Como atraso é sinônimo de prejuízo, alinhamento de interesses é essencial para garantir uma execução saudável entre todas as partes.