Construção modular: a única solução literal quando o assunto é industrialização da obra. Trata-se de uma metodologia de simplificação do canteiro, cuja única função se limita na integração dos módulos já fabricados na indústria. Dessa forma, não só reduz o desperdício de material e transforma sustentabilidade em um fator central, como também reduz substancialmente o prazo de execução. A partir desses aspectos, construção modular se tornou um dos principais métodos construtivos em mercados mais maduros, como Estados Unidos e Europa.
Mas qual o panorama atual no Brasil? E sobre disponibilidade, custo e dificuldades de implementação? A intenção desse artigo é desconstruir esse sistema construtivo, com base em conversas com responsáveis das principais empresas do setor, descrevendo as principais vantagens e tipos dentro do âmbito estadual.
Qual é o cenário atual no Brasil e no mundo?
Segundo o relatório “European Modular Buildings Market – Growth, Trends, and Forecasts (2021-2026)” da Mordor Intelligence, o mercado de construção modular já possui reconhecimento na Europa. Em 2020, dominou uma parcela de 20% da toda construção no continente, com um crescimento tímido de 6% ao ano. Já no Brasil, a realidade é bem diferente. De acordo com a pesquisa “Mercado de Construção Modular no Brasil: panorama atual e perspectivas” da empresa Brain, o setor de construção modular registrou um crescimento de 210% em faturamento entre 2015 e 2020, demonstrando, portanto, um aspecto embrionário da inovação no país. Apesar do crescimento acelerado, segundo o mesmo estudo, o mercado ainda não possui uma fatia relevante.
Quais são os tipos?
Apesar de possuir uma infinidade de variações de materiais, construção modular pode ser classificada em duas principais categorias: módulo em painéis ou volumes. Na primeira metodologia, e a mais recorrente dentro do mercado, consiste na fabricação dos componentes para montagem na obra, desde a estrutura até os painéis de vedação ou cobertura. Entre as variações mais comuns dessa abordagem, estão o Steel-Frame e Wood-frame, com empresas especializadas de destaque nacional no estado do Paraná.
Por outro lado, a construção volumétrica consiste em um passo mais além: a montagem do empreendimento é dentro da indústria, seguida pelo seu transporte. Nesse modelo, a única responsabilidade no canteiro de obras é a construção da infraestrutura para abrigar o módulo.
E como aplicar a metodologia?
Como já descrevemos um guia definitivo sobre obras em Steel-frame, o principal objetivo desse artigo é demonstrar sobre como funciona a construção em módulos de volume. Todavia, como o método pode variar entre modelos de negócio, a aplicação foi dividida em duas seções, descrevendo os dois principais formatos de venda.
Módulos pré-fabricados ou personalizados
Segundo a primeira concepção, os módulos são apresentados em um catálogo de produtos. A partir desse formato, pode-se definir entre uma infinidade de espaços pré-fabricados, desde contêineres até casas familiares. Dessa forma, o prazo de execução se limita a montagem da fundação, visto que os módulos serão transportados e instalados no local. Uma obra que, normalmente, levaria cerca de 3 meses, pode ser entregue em apenas 2 dias.
Todavia, quando o assunto é personalização, envolve planejamento. A fabricante precisa se encarregar desde a montagem do projeto até a fabricação do volume, com base na percepção do cliente. Nesse formato, construção modular possui uma infinidade de preços e prazos, a depender da complexidade e metodologia da indústria. Mesmo assim, consegue atingir até 50% de redução do prazo original, comprovando a eficácia da industrialização da obra.
Compromisso com a educação
Qual o motivo da Obra 7 se estender ao que foge da sua especialização? Simples, nossa especialização não é concreto e alvenaria. Construção vai muito além do tradicional. Trata-se de constantemente se reinventar e construir novas habilidades para um mesmo fim. Assessoria construtiva: essa é a especialização da Obra 7.