“Uma reforma nunca termina como começa”. Essa é uma frase insistentemente repetida em reuniões preliminares, em que nossos engenheiros alertam sobre uma infinidade de variáveis fora do nosso controle. Paredes fora de prumo e esquadro, instalações elétricas sem infraestrutura e revestimento “oco” estão entre as principais interferências durante a execução. O padrão de qualidade da construção, muitas vezes, é descoberto apenas nos bastidores da reforma.
Todavia, quando o assunto é a estrutura, torna-se ainda mais complexo e, em alguns casos, até criminalístico. Como garantir a integridade estrutural do edifício, e verificar a viabilidade a construção de um novo pavimento?
Dimensionamento do projeto:
A primeira etapa do estudo consiste em verificar se, durante a etapa de concepção, já estava previsto a construção de um novo pavimento. Para isso, torna-se necessário a disponibilidade dos projetos (usualmente, obtidos com a prefeitura) e avaliação de um projetista estrutural (a depender do sistema construtivo).
Quando não há essa disponibilidade, a única opção é um levantamento manual do pórtico. Em alguns casos, com as medidas de vigas e pilares, já é possível estimar se estava previsto mais um pavimento, mas a conferência na fundação também é importante.
Integridade da execução:
“O padrão de qualidade da construção é descoberto nos bastidores da reforma.” Essa segunda verificação, portanto, torna-se igualmente relevante, principalmente em projetos de maior porte. Apesar de aprofundar em procedimentos científicos, a inspeção visual é fundamental. Identificar patologias permite verificar a insalubridade da estrutura, em especial, quando ela está aparente.
Para aprofundar nas demais metodologias, a abordagem utilizada seria para uma estrutura de concreto-armado.
Ensaios não-destrutivos:
Consiste em inspeções que não prejudicam ou interferem a estrutura original.
• Pacometria: verificar a posição da armadura e demais materiais contrastantes dentro do concreto.
• Esclerometria: consiste em identificar, a partir da resistência superficial com uma mola elástica, propriedades importantes da estrutura.
• Ultrassom: permite quantificar os vazios dentro do concreto.
Ensaios destrutivos:
Nesse caso, consiste na retirada de corpos-de-prova (testemunhos), principalmente em vigas na região de menor compressão (centro do vão e face inferior). Antes de efetuar a extração, é necessário uma avaliação da estrutura.
• Ensaio de compressão simples: obtém-se a resistência característica do concreto a compressão (fck).
Ainda ficou com dúvida?
Se ainda precisa de ajuda para uma avaliação estrutural, entra em contato com nossa equipe e detalhamos muito melhor sobre os passos ilustrados nesse artigo 😉