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Obra 7

Residência F&S: A importância da sinergia entre engenharia e arquitetura

Engenharia e arquitetura são, por natureza, complementares e contrastantes. Enquanto um arquiteto prioriza o conceito, estética e funcionalidade de um projeto, o engenheiro observa a segurança, viabilidade econômica e eficiência. Nesse cenário, o resultado iminente é o conflito dessas realidades em obra.

Todavia, os melhores projetos surgem da síntese entre essas duas profissões e esse é o assunto do presente artigo. Trata-se do estudo de caso da Residência F&S, uma construção de alto-padrão que permitiu transformar um terreno único na região do parque Tanguá em uma obra eficiente, durável e imponente. Ainda nessa matéria, será compartilhado os desafios e soluções que envolveram a comunicação e energia entre as duas modalidades.

Quais os detalhes do projeto?

Consiste em uma residência de 300 M2 construída sobre um terreno em declive com quase 5 metros de desnível. A obra foi distribuída em 3 pavimentos com ambientes amplamente integrados voltados para a natureza, que era o principal objetivo da empresa de arquitetura. A garagem foi construída a meio nível do pavimento térreo, que abriga uma sala-de-estar e uma cozinha amplamente integradas.

Quais os aprendizados?

• Envolvimento desde o projeto: a participação da engenharia desde a etapa de concepção permitiu constantemente viabilizar as alternativas da arquiteta com os objetivos econômicos do cliente. Como exemplo, marcenaria, esquadrias e revestimentos da fachada foram revistos de modo a atender a um orçamento global.

• Compatibilização com o terreno: devido as características do solo, a implantação da residência precisou ser adaptada de modo a permitir a alocação dos pilares e fundação. A presença de grandes rochas (observadas pelo SPT) limitou as alternativas e definiu a necessidade de blocos estruturais maiores e superficiais.
• Otimização da eficiência e vida útil: a competência de uma empresa de engenharia não é definida apenas pela gestão e execução de projetos, mas também pelo desempenho e eficiência da edificação. Esse conceito é válido desde a definição do sistema construtivo até as esquadrias e acabamentos. Como exemplo prático, a utilização de uma laje impermeabilizada ao invés de um telhado convencional permitiu minimizar os custos de manutenção, aumentar de 5 para 20 anos a vida útil da cobertura e ainda criar um ambiente não previsto no conceito original.

Qual a conclusão?

Com base nessa realidade, a sinergia entre arquitetura e engenharia é primordial não só para cumprimento do orçamento e da visão do projeto, mas para garantir eficiência das equipes. Retrabalho é a única garantia quando não existe comunicação. Nesse cenário, um conflito é inevitável.