Aprendizados de um canteiro disperso e o desafio da gestão descentralizada. Assim pode ser resumida a Revitalização de unidade: uma reforma recentemente entregue ao Sesi e Senai, localizada na Zona 05, em Maringá. Nesse cenário, o objetivo do presente artigo é compartilhar a experiência do gerenciamento de uma planta com mais de 40 colaboradores simultâneos, trabalhando de forma intensiva para cumprir com as expectativas de uma reforma em funcionamento com cronograma reduzido.
Se tiver interesse em entender sobre as ferramentas, aprendizados e obstáculos de um projeto desse perfil, espero que aproveite a leitura 😉
Informações do projeto
A Revitalização de unidade contava com diversas frentes em mais de 5.000 M2 de transformação:
• Execução de estacionamento em pavimento intertravado;
• Reforma de fachada com placas de ACM;
• Revitalização de pintura;
• Execução de guarita;
• Reforma na recepção saúde;
• Reforma de telhado;
• Paisagismo e reforma na área de vivência.
Tratava-se em uma revitalização concreta em uma planta com mais de 15.000 M2 e que, para permanecer em funcionamento, exigia constantemente alinhamento e fiscalização pelos engenheiros administrativos do Sistema FIEP.
Comunicação, nesse sentido, era um dos aspectos intrínsecos do projeto.
Dificuldades da execução
Com essa amplitude de escopos, dispersos em várias frentes da planta, a nossa equipe encontrou um obstáculo principal: como fiscalizar e garantir o controle da qualidade e segurança em uma reforma desse perfil?
Essa questão demonstrou a importância dessa análise na definição da administração local (encarregado de obras, engenheiro civil e técnico de segurança) e no cumprimento do cronograma. Apesar da relevância desse fator, muitas vezes não é observado ou sequer considerado nos períodos preliminares da execução.
Além isso, a dificuldade de contratar e reter mão-de-obra qualificada em Maringá se comprovou como um item igualmente desafiador. Afinal, além de prospectar novos fornecedores e parceiros da região, era necessário uma metodologia escalável para encontrar candidatos em uma reforma com necessidade de uma equipe intensiva.
Soluções e aprendizados
• Gestão descentralizada: com um canteiro de obras com essas características, tornou-se primordial o desenvolvimento de lideranças secundárias, com base no perfil e confiabilidade dos colaboradores. Nesse sentido, devido a alta rotatividade da mão-de-obra, o profissional com conhecimento ou experiência superior precisaria instruir os demais e cumprir com as diretrizes estabelecidas pelo mestre-de-obras. Somado a isso, um sistema de crescimento profissional, recompensando funcionários com as características desejáveis a remunerações superiores.
• Contratação por indicação e sites regionais: em uma região afastada da matriz e sem histórico de parceiros regionais, tornou-se essencial para contratação de mão-de-obra e prospecção de fornecedores um sistema de indicação ativa para todos os colaboradores que atingiram um grau de maturidade. E não apenas isso. Sites e empresas de contratação regional se mostraram mais eficazes do que as de atendimento nacional, nesse sentido, a importância de compreender e comunicar com os profissionais da região.
• Comunicação sistemática: por recomendação da gerência do Sistema FIEP, foi contratado uma equipe para monitoramento integral da execução, incluindo montagem de vídeos institucionais e câmeras de fiscalização. Essa abordagem nos permitiu visualizar os pontos principais de inatividade, além de apresentar de uma forma mais profissional o desenvolvimento das frentes. Em destaque, vale ressaltar a adaptabilidade da engenheira Jéssica Belmiro, que se mostrou uma excelente comunicadora.
• Controle semanal dos escopos e fornecedores: com uma complexidade de frentes e fornecedores, tornou-se necessário utilizar ferramentas mais rigorosas para fiscalizar quais atividades deveriam estar sendo executadas dentro do canteiro, com base no cronograma de obra. Isso nos permitiu avançar de forma mais definitiva nos meses finais da execução.
Excelência se constrói em obra
Essa frase define o objetivo e conclusão desse artigo. Trata-se de como construir em cada obra, por meio das dificuldades e obstáculos encontrados, uma equipe cada vez mais profissional e qualificada para os próximos projetos. A análise criteriosa sobre os resultados é o que nos permite refinar o nosso atendimento e entrega. E como complemento, em contribuir com o desenvolvimento de todos que se dispuseram a ler até o final o texto.