Tempo é um fator essencial na construção. Afinal, existem processos inevitáveis e cujo desrespeito pode prejudicar a qualidade e durabilidade do empreendimento. Nesse cenário, desde o período de montagem da proposta até a data de pagamento, abre-se uma janela de semanas, meses e até anos.
Recentes aumentos nos custos de materiais, todavia, exigiram que a maioria dos empreiteiros reconsiderassem os alicerces e estratégias de seu negócio. Essa instabilidade exigiu adaptabilidade, principalmente quando envolve orçamentos e obras cada vez maiores. Nesse artigo, analisaremos os motivos do aumento dos custos de construção e apresentaremos soluções práticas para atender às novas demandas do mercado.
• Quais as causas do aumento?
• Como evitar a paralisação da obra?
• Novas medidas a serem adotadas.
QUAIS AS CAUSAS DO AUMENTO?
Inflação não é exclusividade da construção civil. Afinal, estamos no Brasil. Embora não seja a exceção, dados mostram que custos envolvidos na construção de edifícios têm aumentado constantemente desde 2014. Em 2018, os preços dos materiais de construção aumentaram quase 10% em relação ao ano anterior. O mais assustador, todavia, é que essa “onda” foi carregada pelo aumento drástico de alguns dos principais materiais dentro do canteiro. Ferro e o aço, nesse período, aumentaram em até 14%; madeira serrada de fibra longa, saltou 23% e o petróleo, junto com seus derivados, cerca de 41% em 2021.
O maior fator no aumento dos custos de materiais foram as considerações de comércio internacional. Tarifas mais altas de aço e alumínio impactaram as empresas de construção em todo o mundo. Uma tarifa de 10%, aplicada em 2018, sobre importações chinesas também tornou mais caro sua aquisição. Nesse mesmo ano, ainda, houve conflitos entre a OPEP e o então Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Em períodos mais recentes, o desabastecimento provocado pela COVID-19 tornou a situação ainda mais grave.
COMO EVITAR A PARALISAÇÃO DA OBRA?
Para a maioria das empreiteiras, o aumento dos custos de material não é repassado ao cliente, mas, sim, é absorvido pelo negócio. Margens de lucro flutuantes e projetos de construção paralisados ou mesmo incompletos são uma das consequências mais frustrantes dessa equação. E obra parada, na realidade do Brasil, é sinônimo de gasto, afinal, como descrito anteriormente, os custos não param de crescer.
Nesse cenário, cabe uma medida comum e obrigatória utilizada por órgãos públicos, a fim de viabilizar a entrega do empreendimento. Trata-se de um Índice de correção monetária explícito no contrato, em obras com prazo acima de 1 ano. Pode ser especializado da construção civil, como, por exemplo, o INCC (Índice Nacional da Construção civil), ou generalista, como o IPCA. Essa prática se tornará cada vez mais comum à medida que a instabilidade do nosso país aumenta.
NOVAS PRÁTICAS
Como mencionado no início do artigo, o fator fundamental na construção é o Tempo e, a partir dele, parte essa discussão. Nesse sentido, existem duas principais práticas a serem adotadas, a fim de reduzir a influência desse aspecto. E as duas envolvem tecnologia.
O software de modelagem de informações da construção (BIM) pode reduzir substancialmente o prazo de execução, além de minimizar as incoerências do projeto. Dessa forma, existe segurança e previsibilidade na definição do cronograma da obra, atingindo patamares mais aceitáveis, além de uma eficiência nos pedidos e desperdícios de materiais.
A outra alternativa, nesse cenário, é um termo cunhado como Construção industrial. Essa metodologia consiste no transporte dos processos do canteiro para o ambiente fabril, utilizando-se de diversas técnicas. Steel-frame, Pré-moldados em concreto ou Construção Modular são alguns exemplos. A partir disso, há uma redução substantiva dos desperdícios de material (alvo central do debate do artigo), além de reduzir o prazo total do empreendimento.
E COM A OBRA 7, COMO FUNCIONA?
A nossa equipe utiliza-se de duas principais ferramentas para amortizar o aumento de custos: pedidos programados e parcerias. A partir de um setor de compras desenvolvido e treinado, torna-se possível antecipar e programar a entrega de materiais. Dessa forma, as diferenças de preços para o período de orçamento e entrega não se tornam discrepantes. Ainda, após mais de 23 anos na construção, a Obra 7 tem acesso a fornecedores qualificados e descontos privilegiados. Assim, atingimos patamares competitivos e confiáveis, mesmo com o passar dos meses.
Confiança se constrói em obra. Por isso, a construtora tem uma política restrita no repasse das variações de custos. Afinal, a prioridade não são os empreendimentos, mas as empresas com que construímos parcerias.